MINHA MENINA... MINHA MULHER!

Ah! Quantas saudades eu sinto daquelas tardes! Nós à sombra da árvore na frente da casa da tua avó, das festas no clube FUNDEC sempre regadas a muitas chuvas, dos pisões que nos dávamos ao dançar juntinhos (risos), do temor que eu sentia ao ir te procurar na casa dos teus tios... tudo isso significou muito, marcou demais!

Hoje vivemos realidades diferentes, quase toda a sua árvore genealógica não respira mais o ar daquela cidadezinha. Não se festejam mais Reveillon como antigamente, não é mesmo?! Seja na praça ou na FUNDEC, todos os que eu passei ao teu lado foram dignamente memoráveis. Eu via no teu olhar uma pureza de sentimentos e carinho tão grandes, que chegava a despedaçar meu coração num simples piscar dessas pérolas verdes que são seus olhos.

Sabe, mesmo à distância eu consigo te sentir (que louco isso!). Sinto falta de um pedaço de mim que você levou consigo. Como você mesmo sempre diz “estranho sentir falta do que nunca foi seu” – como resposta eu parafraseio um trecho da música Garotos (Leoni) que diz: Garotos como eu sempre tão espertos, perto de você sou só um garoto – eu tinha você nesse tempo como uma peça de arte, onde só admirar já seria entrar em êxtase total diante da perfeição divina refletida em você. O tempo passou... e hoje eu já não sou mais um garoto nem você uma menina, somos homem e mulher! Os nossos sonhos agora são recheados também de responsabilidades, e os nossos desejos estão na cobertura.

Eu te fiz chorar, perdoe! Eu te fiz sofrer, desculpa! Você só me trouxe felicidade, nessa nossa louca história tudo o que vivemos está muito bem guardado e reaparecerá no dia em que os nossos sonhos tornarem-se reais.