Sempre que eu leio textos como O Menestrel de William Shakespeare, sou incitado a aprender e a fazer o certo, a corrigir os erros e a planejar melhor o futuro. Porém não encontro as forças necessárias para combater o terrível “monstro do armário” que me induz a fazer o que é errado, mesmo tendo a complacência de que tudo deveria ser de outra forma, de que deveria existir outro conteúdo ou embalagem.
Sabe por que eu sempre, ou quase sempre, faço o errado mesmo sabendo das consequências advindas dos erros?! Por que ERRAR É BOM.
O erro tem um sabor especial, deve ser inspirado nos mais íntimos prazeres e degustado pelos mais excitados dos públicos. Há quem diga que errar é humano, já eu faço ressalvas, errar é humano, porém é mais copioso para quem se predispõe a mergulhar no mais profundo desejo ardente de se extasiar nos manjares da vida.
Não quero também fazer aqui uma apologia ao erro. Não. Que fique bem claro que o erro a que me refiro aqui é o “erro do bem”, aquele que se comete já com acordo firmado de culminar no arrependimento, aquele que se investe sem premeditar prejuízo ao outro. Eu me refiro ao erro que se erra só. Àquilo que cabe somente a nós mesmos entender, questionar, julgar, discordar e se deliciar. Por que errar é muito bom.

Lindo texto. Como sempre, escrevendo muito bem
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