Ontem eu assisti uma reportagem que me deixou impressionado (embora infelizmente coisas do tipo vêm acontecendo com maior freqüência), uma mulher matou sua enteada, uma criança de apenas 7 anos, enforcada com um cadarço de tênis.
É, mas o que me chamou mais a atenção – além do notório caso – foi uma entrevista com o Delegado que cuida das investigações, ao falar sobre o ocorrido, ele que mesmo tendo uma vasta experiência criminal e ter encontrado em sua profissão vários tipos de pessoas, ‘monstros’ e ‘doentes’... por diversas vezes durante a entrevista paulatinamente chorou, mas não foram somente as lágrimas daquele homem que eu vi naquele momento, eu pude ver um sentimento de revolta, de insatisfação, de humanidade (algo meio escasso hoje em dia).
E o motivo que fez aquela mulher cometer tal insanidade foi digno de uma tresloucada de Mammon... dois mil reais, esse foi o fator preponderante para que aquela mulher coitasse a expectativa de vida daquela pequenina tão tragicamente.
Daí comecei a me questionar (como diria meu amigo Celsinho “eu mesmo, comigo mesmo”) Quanto vale 2 mil reais? Será que é o preço da realização de um sonho de consumo? Do atendimento a uma necessidade? De um carro? De umas comprinhas no shopping?
Não, senhoras e senhores! Neste caso, foi o preço da vida de uma criança, de alguém que poderia quem sabe gerar vidas e salvar várias outras.
Parafraseando Engenheiros do Hawaii “O preço que se pede às vezes é alto demais”
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