terça-feira, 25 de setembro de 2012

Um tchau que dói tanto quanto um adeus.



Se há uma coisa que eu tenho medo, é da morte.
Mas não da minha morte, do meu coito. 
Tenho medo de pessoas que eu gosto partirem para longe de mim, quebrarem o pacto do para sempre.
Já vivi muita coisa nessa minha vida, passei por cada provação que me deixava de pernas bambas, mas certamente de todas elas as que mais me marcaram foram as despedidas, estas se tornaram feridas que jamais cicatrizarão.
Tem outro tipo de morte que eu temo demais, são as mortes de pessoas vivas. Que louco isso não?! Pois é, mas existem. Um tchau que dói tanto quanto um adeus. São aquelas pessoas que vão morrendo aos poucos no nosso íntimo, às vezes nós mesmos que vamos matando-as, outras elas vão morrendo por si só, num insistente suicídio.
Ambas são difíceis e dilaceradoras, mas existe uma diferença singular entre a morte e a morte de pessoa viva, na primeira você não tem escolha, já na segunda você é quem decide.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Parceiros


Sabe, um dia me falaram que não se pode acreditar nos outros, não se pode confiar em mais ninguém além de si mesmo. Eu, egocentricamente, acreditei.

Mas no meu caminho apareceram algumas pessoas que me fizeram rever estes conceitos, me fizeram repensar no valor do compartilhamento da vida.


Marquinhos e Eduardo, estes dois parceiros fazem parte deste grupo seleto e estão marcados na minha vida. 


Parafraseando a música... eles Vivem e morrerão na minha história. Pode tudo mudar, podemos morar em cidades diferentes, podemos conhecer novas pessoas, fazermos novas amizades, chatearmos uns com os outros, mas o laço que nos une, a amizade que nos amarram, Ah! Isso estará fincado para sempre em nossas histórias.

Eu amo. Amo sim, e digo mesmo! Não quero um dia me arrepender de não ter falado aquilo que queria, por temer o prejulgamento de quem não sabe o que é amizade, amor de irmão que se escolhe. 

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!” (Vinicius de Moraes)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sinto tua falta


É tão estranho seguir a estrada, quando se perde partes de si pelo caminho.

É tremendamente amarga a dor da perca, principalmente quando esta é dificilmente entendida, compreendida e aceitada.

A ausência de uma pessoa pode transformar completamente a vida e a rotina de muitas outras, ainda mais se esta estiver em lugar de destaque, próxima à linha de chegada para iniciar uma nova volta e com todos apostando todas as fichas. Meu primo. Estava tão perto de receber o canudo lhe conferindo grau de Bacharel em Direito, tantos planos em mente... OAB, Concursos, Crescimento Profissional... sonhos que lastimavelmente foram interrompidos, que antecipadamente foram dissolvidos pelas intempéries surpresas da vida.

É triste ver uma pessoa tão importante nas nossas vidas partir tão cedo e sem sequer termos a oportunidade de um último adeus. Meu primo, desculpa por não ter reação alguma ao te ver deitado naquele leito de UTI, pra mim foi muito difícil ver meu querido e eleito primo daquela forma. Naquele momento eu não falei, não te toquei, não chorei, simplesmente fiquei estático vendo ali um guerreiro lutando para salvar a sua vida e voltar a dar alegrias e orgulhos para – como você mesmo disse no hospital – A MELHOR FAMÍLIA DO MUNDO! Você foi um guerreiro até o último momento, e todos nós críamos na tua recuperação, inclusive você mesmo. Mas agora você está Do Outro Lado do Caminho, nos aguardando em um lugar bem melhor que este.

Sabe, nós continuamos rindo das tuas piadas (às vezes sem graça, não negamos rsrs...), das suas imitações, das dancinhas hilárias... rimos das boas lembranças que cada um de nós temos dos momentos em que tivemos o privilégio de te ter ao lado. Mas nós choramos também. Choramos pela dor inconformada de não poder mais te ver, falar contigo, teclar contigo, dizer coisas bacanas, dar conselhos e ouvir outros... essas coisas que melhores amigos e confidentes fazem, sabe!
Sinto tua falta.

Sei que um dia aprenderemos a conviver com esse vazio que você deixou, mas por enquanto dói. 
Dói muito.

Já te falei antes, e agora repito Eu Te Amo Meu Primo.